
É tarefa de toda pessoa que convive com crianças, independente de ser pai, mãe ou professor, permear com significado sagrado os pequenos e grandes momentos de suas vidas. Atualmente, para a maioria das famílias, a Páscoa é comemorada com a distribuição dos ovos de chocolate, muitas vezes comprados no supermercado junto com a própria criança. Desta forma, o espírito da Páscoa fica restrito ao ato de consumo e prazer imediato. Para as famílias religiosas, às vezes fica um pouco difícil fazer com que a criança perceba a relação entre os ovos de chocolate do supermercado e os sofrimentos do querido Jesus. É importante estarmos alertas a essas questões para evitar criarmos situações dicotômicas ou vazias de significado e, com isso, prejudicar a formação do corpo ético-moral das crianças.
Nossa história começa bem cedinho em um parque ensolarado.
Uma jovem coelhinha passeava despreocupada colhendo suas cenouras quando uma borboleta pousou perto dela e falou: "Olá! Você pode me ajudar?"
A coelha respondeu: "Claro, linda borboleta, o que você precisa?" A borboleta explicou: "É que hoje é o domingo de Páscoa e eu preciso avisar a todo mundo que hoje se comemora a Vida".
"A Vida? Como assim?" perguntou a coelha, espantada.
"Uma vez por ano, nós, as borboletas, lembramos as pessoas do Milagre da Vida. Saímos do escuro casulo e voamos pelos ares mostrando a beleza da luz e da cor que dá alegria à vida".
"Mas como eu posso ajudar, se eu não sei voar?", perguntou a coelha. "Entregando estes ovos de chocolate em todos os lares", respondeu a borboleta.
Surpresa, a coelhinha perguntou: "Ovos de chocolate? Como assim?"
"Sim, os ovos são portadores da vida. Deste modo, esses ovos de chocolate lembrarão a todos a vitória da vida sobre a morte", esclareceu a borboleta, batendo as asas alegremente e começando a voar ao redor da coelha.
"Então, deixe comigo, de hoje em diante eu e todos os coelhinhos vamos cumprir nossa nova missão e entregar os Ovos da Vida!".
Pequenas estórias, como essa, que reúne as imagens da ressurreição, dos ovos de chocolate e do coelhinho, podem ajudar a unificar, de forma lúdica e alegre, os diversos simbolismos da Páscoa, independente de coloração religiosa, colaborando para a formação do corpo ético-moral da criança. E, assim, tentar evitar dicotomias do sentir e ações vazias de significado, centradas apenas no prazer imediato.
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